...sou voluntária à força a viver cada dia do dia-a-dia como se fosse nascida das raízes da própria terra, sendo que este corpo retorcido se enruga a cada instante, ao sabor da passagem do Tempo. E não contesta, não nada; aceita inexorável nessa marcha até se baixar novamente perante o peso dos seus próprios braços, que da cruz de despegaram e baixaram, até à condição humana. O coração arde como um novelo explosivo de madeira em terra quente e seca...não há chuva que apague esta destruição...

5 comentários:

Anónimo disse...

Attention!

T S disse...

oi
adorei seu blog
convido vc para visitar Lusitana ilusao,espero que goste
voltarei amante dos seus escritos
ts

A disse...

O baixar dos braços perante as tormentas, quando o seu peso é demasiado grande para se querer ou conseguir carregar. Que vontade dá de desistir, E deixar simplesmente arder!

Unknown disse...

Palavras e a imagem está uma complementaridade "soberba"...

Dá motivos para a "Reflexão".

Bjnhs

ZezinhoMota

Porcelain disse...

Que lindo... que coisa tão linda que tu escreveste, que coisas tão lindas que tu escreves! O corpo não passa de um invólucro, frágil, que cede ao tempo, lembrando-nos de nos apressarmos, tornando mais dolorosa ainda a nossa penosa caminhada... mas só devemos aceitar a sua mensagem se realmente acreditarmos que é para nós isso de nos apressarmos... e se realmente nos quisermos apressar, e travar os efeitos do tempo, consegui-lo-emos...

Toda a reacção química tem um contra-peso que a anula... sob a mais abundante chuva todo o incêndio se apaga... e quanto à destruição remanescente... as cinzas constituem sempre uma fecunda matéria prima para a Natureza!

Beijo grande!