Na agressividade gratuita dos pensamentos enquanto extensão de uma alma sem corpo agarro apenas o que me cresce à volta como realidade apreendida e vestida de lavado.
Sou a anónima voz que se solta por detrás do desespero dos outros reduzindo o mundo ao peso de uma pena por voar ou por cumprir.
Guardo a repetição do eco nos corredores vazios do meu corpo enquanto expulso os deuses a dias que o limpam e o arrumam para quando regresso a mim.
A linha sobre a qual apago as palavras que escreveram enquanto sentidos tortos enrola-se como serpente anelada entre o passado e o presente.
Sou o princípio e sou o fim de todo o mundo que conheço e apenas este.
4 comentários:
... o que interessa mesmo é que possas tentar gritar, que possas encontrar-te no vazio, que possas ser,ir e evolui nesse teu mundo que te consome...
Um beijo
...tres pequenos pintores...
...surgiam entre feiticeiras das almas...
...um pintava sobre o amor...
...belas telas em tons brancos e azuis...fabricava a pureza deste...colocando no pincel mais fino as tintas que tao bem misturava...
o segundo pintava sobre a morte...td tao escuro e viril...entre vermelhos e negros...no seu pincel mais grosso colocava cada gota de sangue que sentira....
o terceiro pintava o mundo...usava uma panoplia imensa de cores...via amor ...odio...nascenca...indiferenca...musica...anjos...crescia em cada tela...os seus pinceis eram feitos por si proprio aprendera por onde passara enquanto vivera o mundo...
um dia alguem pediu aos tres pequenos pintores para pintarem sobre o desconhecido...e que usassem as cores que quisessem...
o primeiro pintou com azul e branco um enorme ceu ...
o segundo com vermelho e negro pintou um enorme abismo em forma circular...
o terceiro deixou a tela em branco...
beijo!!!
como e obvio ninguem me contou esta historia...
...um dia as estrelas morrem...
...esta que tanto e de nossa como do universo...tem o seu tempo...beijo imenso su!
Os pensamentos são os nossos piores inimigos... mais nenhum nos fustiga assim... a mais nenhum nós tememos, nem ao pior carrasco, como tememos aos nossos pensamentos... a violência e a agressividade são sempre gratuitas ou, pelo menos, são a alternativa quando a inteligência e a sabedoria não são suficientes... ou seja, quase sempre, dada a nossa natureza ignorante e por isso necessariamente permanentemente descobridora... pensamentos gratuitamente agressivos são extensão de um corpo sem alma... a alma que não precisa de corpo já se reconciliou com os seus pensamentos...
Reduzir o mundo ao peso de uma pena por voar requer grande lucidez, pois o mundo é muito menos pesado do que parece aos nossos olhares desesperados, do desespero de quem não compreende... reduzir o mundo ao peso de uma pena por cumprir requer grande realismo, pois o mundo não passa de uma pena por cumprir...
No corpo sem alma ecoam os gritos do desespero e da ignorância, que os deuses a dias procuram limpar e arrumar, sem perceberem que a desarrumação e a poeira voltam inevitavelmente salvo se ao corpo for restituída a alma pura e iluminada...
Os sentidos andam sempre tortos porque buscam a realidade e a realidade não existe... tudo o que vemos é o seu reflexo reflectido pela nossa alma... as palavras assim escritas deverão sair convenientemente tortas, ou não pretendessem aprisionar e separar passado e presente, que são apenas uma única e só coisa, una.
Somos o princípio e o fim dos nossos mundos pessoais, e os nossos mundos pessoais são os únicos mundos que conhecemos...
Enviar um comentário