...o que em mim cresce ou se adivinha, para lá das sombras que me sustentam, em asas delirantes ao pó da estrada, pisadas e largadas a uma esquina qualquer desta alma enegrecida. O que em mim se enrola ou se agonia, em braços conturbados do dia-a-dia, arrancados violentamente do calendário do non sense, pendurado a ferro e fogo no meu coração. Peso demasiado pesado quando as paredes da loucura desmoronam-se em gritos que batem asas surdas contra os cantos escuros do meu pensamento. E sou só eu quem atira as palavras como as pedras nuas e cruas que partem-me em vidros de trovoadas...tempestades alucinadas de mim mesma...

2 comentários:

A disse...

E os dias vão passando com ou sem sentido, a loucura apodera-se aos poucos e poucos de cada instante e só quando ela reinar sozinha é volta a fazer sentido. Até lá...força!

Porcelain disse...

A loucura... a dor... são diferentes consoante a alma que as sente... e a dor é tanto mais preciosa quanto mais preciosa for a alma que a sente...

Isto que escreves é tão lindo, tão lindo... não imaginas o que sinto ao ler isto... tudo isto me diz muito, muito... a descrição por palavras conjugadas de forma perfeita de tudo o que eu sempre senti...

Beijo grande!