...a única coisa que me destaca é o fio cortado de sangue que se desmonta suavemente da minha pele, separando-me do ontem e do amanhã, sendo que o hoje me faz deambular como fantasma aleatório desdenhando do seu corpo e da sua alma...afinal, quanto deste corpo e quanto desta alma são realmente suas?!...
Nada.
Apenas a lenta morte branca da indiferença.

4 comentários:

muguet disse...

o amanhã define-se passinho a passinho, cada vez que depois de uma "pequenita" queda, nos pomos de pé e reaprendemos a andar.
o ontem é determinante para dar força a esses passinhos, porque foi ele que nos ensinou a percorrer caminhos com pegadas que nem sempre ficam marcadas na areia.

beijo grande su, com sabor a estou aqui perto, à distância de um abraço forte.

Pepe Luigi disse...

Interessante deambulação entre dois estados amplamente antagónicos mas que se completam: O corpóreo e o espiritual.

Desejo continuação de uma Boa Semana.

Susana Júlio disse...

...mas é determinante que as feridas sejam reabertas e marquem sucessivamente, a sangue e a dor, umas após outras...?! Umas sobre as outras...até à perda da esperança?

Porcelain disse...

A esperança é a única que não pode ser perdida... o nó na garganta e a pergunta se isto nunca mais acaba são acompanhadas da dor aguda e do medo que a provação não tenha fim... mas, como eu costumo dizer, a dor fulminante é efémera e, no preciso segundo antes da total perda da esperança, és resgatada... crê na tua boa estrela, a boa estrela que alguém de interior tão rico e tão belo não pode deixar de ter...

Bjoka!