Não uses... até à altura certa. Restas tu e o túmulo de vozes não usadas, de palavras não ditas, de vidas não vividas em que te tornaste... mas o que morre regressa sempre à vida, como tudo neste mundo que é feito de sucessões que se sucedem sucessivamente, oscilando entre os extremos das coisas, os extremos de tudo, pois tudo é constituído pelos opostos e pelo que se passa pelo meio dos opostos... restas tu e o túmulo, que um dia trará à vida tudo o que lá depositaste...
Atraso as palavras em gastos necessários de silêncios não esforçados porque à pele da alma trago pouco para dizer. Tudo o que se passa lá dentro em jeito de tempestade fica sempre por dizer, acumuladamente com tantas outras coisas que me levam ainda mais ao fundo de mim mesma. Não coloco flores nem quero embelezar esse túmulo porque o rosto de pedra cinzenta que nele se desenha está gasto e velho e não oscila equilibradamente entre os extremos: ele é os próprios extremos de si mesmo...
...não uso a voz...não uso as palavras...não uso a vida...não uso nada...
6 comentários:
Não uses... até à altura certa. Restas tu e o túmulo de vozes não usadas, de palavras não ditas, de vidas não vividas em que te tornaste... mas o que morre regressa sempre à vida, como tudo neste mundo que é feito de sucessões que se sucedem sucessivamente, oscilando entre os extremos das coisas, os extremos de tudo, pois tudo é constituído pelos opostos e pelo que se passa pelo meio dos opostos... restas tu e o túmulo, que um dia trará à vida tudo o que lá depositaste...
Atraso as palavras em gastos necessários de silêncios não esforçados porque à pele da alma trago pouco para dizer. Tudo o que se passa lá dentro em jeito de tempestade fica sempre por dizer, acumuladamente com tantas outras coisas que me levam ainda mais ao fundo de mim mesma.
Não coloco flores nem quero embelezar esse túmulo porque o rosto de pedra cinzenta que nele se desenha está gasto e velho e não oscila equilibradamente entre os extremos: ele é os próprios extremos de si mesmo...
tu mesma!
usa e abusa da força que vem dentro de ti...
... e mais dia menos dia... usas a vida...
... depois as palavras...
e finalmente a voz...
e mais dia menos dia... o silencio deixa ser silencio e o obscuro passar a ser radioso.
beijo terno
se não usas...
pois... mas o mercado da vida exige que se use para voltar a adquirir outras cousas---
pois, eu uso e abuso
yayaya
abrazo serrano, poeta
O silêncio... que descanso... quem dera que todos se calassem inclusivamente a minha mente... e me deixassem em paz.
Para quê exprimir as tempestades se tudo aquilo com que nos cruzamos tresanda a incompreensão...
Embelezar o túmulo é supérfulo, quando tudo o que o túmulo tem dentro já é precioso por si só...
Se o túmulo se cansou, ficou velho e gasto fá-lo explodir... e trazer cá para fora finalmente tudo o que guardou lá dentro...
Vais ver q resta algo!!
Dark kiss
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